A Volta dos Veículos Elétricos
Os primeiros carros eram elétricos. Por que foram esquecidos?
Você sabia que os primeiros carros eram elétricos? Isso mesmo, antes dos motores a combustão dominarem o mercado automobilístico, os veículos movidos à eletricidade eram bastante populares no final do século XIX e início do século XX.
Neste artigo, você vai conhecer a verdadeira história dos carros elétricos. Acompanhe!

A história dos primeiros veículos elétricos
Os primeiros veículos elétricos surgiram na Europa e nos Estados Unidos entre 1830 e 1840, mas eram apenas protótipos experimentais. Foi somente em 1881 que o francês Gustave Trouvé apresentou o primeiro veículo elétrico funcional, um triciclo equipado com uma bateria recarregável de chumbo-ácido e um motor elétrico.
O fato é que o triciclo de Trouvé fez sucesso e incentivou outros inventores a desenvolverem seus próprios modelos de veículos elétricos. Entre eles, destacam-se o belga Camille Jenatzy, que em 1899 quebrou o recorde de velocidade terrestre com seu carro elétrico La Jamais Contente, atingindo 105 km/h. E também o alemão Ferdinand Porsche, que em 1900 lançou o Lohner-Porsche Semper Vivus, um carro híbrido que combinava um motor elétrico com um motor à combustão.
Por que os carros elétricos eram tão populares no final do século XIX e início do século XX?
Os veículos elétricos tinham várias vantagens sobre os movidos à gasolina na época. Eles eram mais silenciosos, mais limpos, fáceis de dirigir, não precisavam de marchas, nem de partida manual.
Por esses motivos, os carros elétricos conquistaram uma grande parcela do mercado, especialmente entre as mulheres e os motoristas urbanos. Para se ter uma ideia da popularidade desses veículos, em 1900, 38% dos veículos dos Estados Unidos eram elétricos.
O que deu errado?
A partir da década de 1910, os carros elétricos começaram a perder espaço para os movidos à gasolina. Esse declínio foi causado por vários motivos, como:
- Avanço da indústria petrolífera, que reduziu o preço do combustível e aumentou a sua disponibilidade;
- Invenção do motor de partida elétrico, que eliminou a necessidade de dar corda nos motores à gasolina;
- Produção em massa dos carros à gasolina pela Ford, que reduziu drasticamente seu custo e popularizou seu uso.
Tentativas frustradas de trazer de volta os carros elétricos
O fato é que os carros elétricos entraram em declínio e quase desapareceram do mercado nas décadas seguintes. Apenas algumas tentativas isoladas de resgatar essa tecnologia foram feitas ao longo do século XX.
Durante as crises do petróleo nos anos 1970 e 1980, por exemplo, alguns fabricantes até lançaram modelos de carros elétricos ou híbridos. Todavia, eles não tiveram sucesso comercial por causa de sua baixa autonomia, alto custo e falta de infraestrutura de recarga.
No Brasil, uma das iniciativas mais notáveis foi a do engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, que fundou a Gurgel Motores em 1969. Em 1974, a fábrica apresentou o Itaipu E150, o primeiro carro elétrico brasileiro.
O veículo tinha capacidade para dois passageiros, autonomia de 50 km e velocidade máxima de 60 km/h. Apesar de todo o pioneirismo, apenas 27 unidades do elétrico foram produzidas. O motivo? Alto custo de produção, peso (460 kg), baixa autonomia, tempo de recarga de 10 horas e preço de venda salgado.
Posteriormente, na década de 80, a fábrica Gurgel lançou o Itaipu E400, uma evolução do Itaipu E150. O carro elétrico era do tipo furgão e tinha autonomia de 80km. Porém, o projeto também teve vida curta e apenas 1000 unidades do veículo foram produzidas.
A volta do veículo elétrico com a Tesla
A situação dos carros elétricos só começou a mudar no início do século XXI, com o surgimento da Tesla, uma empresa norte-americana fundada em 2003 por dois engenheiros. A Tesla se propôs a revolucionar o mercado automobilístico com carros elétricos de alto desempenho, design inovador e tecnologia de ponta.
O primeiro modelo da Tesla foi o Roadster, lançado em 2008. O carro era um conversível esportivo de 2 lugares que podia acelerar de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos e alcançar uma velocidade máxima de 200 km/h. Além disso, ele tinha uma autonomia de 400 km e podia ser recarregado em qualquer tomada doméstica. O Roadster foi um sucesso de crítica e de vendas, e provou que os carros elétricos podiam ser tão ou mais atraentes e eficientes do que os movidos à gasolina.
Depois do Roadster, a Tesla lançou outros modelos de carros elétricos e inspirou várias outras marcas a lançarem soluções para os problemas causados pelos combustíveis fósseis, como a poluição, o aquecimento global e a dependência do petróleo.
Como vimos, os carros elétricos são o futuro da sociedade e a salvação do meio ambiente, mas representam o passado da indústria automobilística. Gostou deste artigo? Então compartilhe em suas redes sociais e descubra outras curiosidades em nosso blog!

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